terça-feira, 4 de setembro de 2007

Eu devia receber um prêmio por saber, como ninguém, adiar as coisas. Tudo meu fica "pra amanhã". Sempre. E o amanhã que é bom, nunca chega. Amanhã eu estudo, amanhã eu arrumo o quarto, amanhã eu faço feira, amanhã eu arrumo a mala, amanhã eu começo a ler, amanhã eu escrevo, amanhã eu me organizo, amanhã, amanhã, amanhã... E quando chega "amanhã", eu repito exatamente a mesma coisa.

Escrever. É uma coisa que venho adiando há um mês, pelo menos. Meu momento de reflexão, por mais estranho que possa parecer, é dentro do ônibus, indo pra qualquer lugar (geralmente pro colégio ou voltando dele). É no ônibus que eu me programo, que eu me prometo que vou colocar minhas coisas em dia, que vou finalmente escrever qualquer coisa que seja ou responder a carta da Ju que, coitada, espera meses pela minha resposta. Mas é só eu chegar em casa e tudo fica pra amanhã. Eu juro que não é culpa minha. Deve haver algum feitiço preguiça impregnado na minha casa que faz com que eu esqueça tudo que foi programado nas, mais ou menos, meia hora que eu passo dentro do ônibus, como um passe de mágica.

*pausa*

Por mais que algumas ligações inesperadas sejam muito bem vindas, elas cortam completamente a linha de raciocínio.


Bom, o resto desse texto fica pra amanhã.

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