segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
eu vejo o inimigo no espelho.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso?
Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
(...)
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo.
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu pra isso
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
(...)
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos
Invoco a mim mesmo e não encontro nada.
(...)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Fernando Pessoa, Tabacaria. (trecho)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Maquinado, O Homem Binário.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Nação Zumbi.
Cláudia-Já percebesse que nessa parte venta mais do que em qualquer outro lugar? Parece um vendaval...
Eu-É mermo, tá ventando normal, daí quando tu passa por aqui venta por todos os lados. Porque será, ein? Coisa estranha...
Cláudia-Vai ver que é aqui onde o vento faz a curva...
Eu-HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH BOA!
domingo, 18 de novembro de 2007
Um Sopro de Vida.
Clarice Lispector.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Sem avisar funcionários, Calheiros reassume mandato
Na primeira meia hora, Calheiros aproveitou para comunicar ao presidente interino da Casa, senador Tião Viana (PT-AC), ao líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e ao presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que estava de volta ao Congresso para se dedicar à sua defesa. Calheiros é acusado, em vários processos no Conselho de Ética, de prática de irregularidades que podem configurar quebra de decoro parlamentar.
Fonte.
Quanto mais eu tento entender o Sr. Calheiros, menos eu consigo. Não sei se o cara é muito doido, cara de pau, cínico por natureza ou tem a ficha limpa. Porque não consigo achar outra explicação pra tanta afronta! Tá todo mundo doido...
domingo, 4 de novembro de 2007
sábado, 3 de novembro de 2007
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Caiu a ficha.
voa certeiro, sorrateiro, rápido e mortal)
não existe guerra alguma, apesar de todo esse barulho infernal
é só o capital cruzando o mar.
hoje ele voa mais rápido e certeiro do que qualquer míssil
e quando retorna da missão, tudo o que deixa é terra arrasada
pois seu poder de destruição é muito mais fulminante
fulminante e duradouro.
De certeza, a melhor música que o Fred 04 já compôs.
domingo, 28 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
E a vida se fez de louca.
Tintos para damas
E cachaça pros pobres
E como já dizia a minha prima Catarina
Deus nos dê fígado, pois temos o planeta inteiro pela frente.
Na verborragia do verso
Estoura o limite de ânsias
Há um desquite que a metáfora não alcança"
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Romário vai treinar o Vasco.
Com a demissão de Celso Roth, o Vasco arrumou uma solução de emergência para o jogo desta quarta-feira, contra o América, do México, em São Januário, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana: Romário. O atacante também deve voltar a jogar na busca pela vaga. A equipe cruzmaltina perdeu no México por 2 a 0 e precisa de uma vitória por três gols de diferença para chegar às semifinais. Caso devolva o placar de 2 a 0, a classificação será decidida nos pênaltis.
Fonte.
Belíssima solução, agora é que vai tudo pras picas mesmo...
sábado, 20 de outubro de 2007
- Gosto muito de pôr-do-sol. Vamos ver um...
- Mas é preciso esperar...
- Esperar o quê?
- Esperar que o sol se ponha.
Tu fizeste um ar de surpresa e, logo depois, riste de ti mesmo. Disseste-me:
-Eu sempre imagino estar em casa!
De fato. Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o sol, todo mundo sabe, está se pondo na França. Bastaria poder ir à França num minuto para assistir ao pôr-do-sol. Infelizmente, a França é longe demais. Mas no teu pequeno planeta, bastava apenas recuar um pouco a cadeira. E, assim, contemplavas o crepúsculo todas as vezes que desejavas...
- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!
E logo depois acrescentaste:
- Quando a gente está muito triste, gosta de admirar o pôr-do-sol...
- Estavas tão triste assim no dia que contemplaste os quarenta e três?
Mas o principezinho não respondeu"
O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
S.O.S
"Hoje é domingo, missa e praia, céu de anil
Tem sangue no jornal
Bandeiras na avenida zil
Lá por detrás da triste, linda zona sul
Vai tudo muito bem, formigas que trafegam sem porque
Pelas janelas desses quartos de pensão
Eu, como um vetor,
Tranqüilo, eu tento uma transmutação
Ô, ô seu moço do disco voador
Me leve com você pra onde você for
Ô, ô seu moço, mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí
Andei rezando para Tótens e Jesus
Jamais olhei para o céu, meu disco voador além
Já fui macaco em domingos glaciais
Atlantas colossais que eu não soube como utilizar
E nas mensagens que nos chegam sem parar
Ninguém, ninguém pode notar
Estão muito ocupados pra pensar
Ô, ô seu moço do disco voador
Me leve com você pra onde você for
Ô, ô seu moço, mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí"
Era uma vez um sábio chinês que um dia sonhou que era uma borboleta, voando nos campos, pousando nas flores, vivendo assim um lindo sonho. Até que um dia acordou e pro resto da vida uma dúvida lhe acompanhou: se ele era um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um sabio chinês.
sábado, 13 de outubro de 2007
Corujinha, pobrezinha
Quando a noite vem chegando
Toda noite tua carinha
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
"abençoados os que esquecem, pois aproveitam até mesmo seus equívocos".
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecido
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança.
domingo, 7 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
PE Music Festival.
E qual não foi a minha surpresa ao entrar? Puta estrutura, uma área gigante que dava pra ficar correndo feito um louco, uma parte com música eletrônica, o Bar da Boa com palco e banda tocando lá dentro, malabares, praça de alimentação e o caralho. O único problema (afinal, sempre tem que ter algum defeito) era cerveja antártica a 3 reais. O palco principal era gigante, fiquei na espera pra ver qual seria a do som.
De repentemente, anunciam uma banda local, que iria tocar antes dos shows principais: adivinha? Del Rey! Ok, quase tive uma síncope, mas antes eu precisava ligar pra mamãe e pra Venna, só pra fazer aquela invejinha nossa de cada dia (: O show foi lindo, ver o China já valeu todo o meu dinheiro e deu pra começar bem a noite.
Depois de uma longa espera, Nação entra no palco..... sozinha! E toca sozinha por um boooooom tempo, acho que ninguém tava entendendo mais nada. Show foda, como sempre é, com o Lúcio Maia destruindo tudo e com as melhores músicas. Depois de um longo show da Nação, Paralamas entra e eles tocam juntos por, no máximo, meia hora. Quê?? Nação sai de cena e rola um show de Paralamas com direito a sessão poeira e tudo.
Observação que precisa ser feita: digam o que quiserem, mas que é deprimente (ou triste, como preferirem) ver o Herbert naquela cadeira de rodas, ah isso é! Detalhes a parte, o show foi muuuuito bom, os caras deram umas resussitadas em umas musicas que pelamor! Músicas da época que eu tinha uns 5(?) anos e ouvia minhas fitas de Paralamas (claro!), Ultraje e Leoni (hahaha).
O show d'O Rappa foi aquela mesma coisa de sempre, os caras metem um bate-estaca entre uma música e outra e na situação de final de show em que todos estavam (leia-se 'eu', se preferirem) isso acaba morgando. Ou seja, pra mim foi um saco como todos os outros.
Tirando meu surto de final de show, foi tudo tranqüilis e os shows valeram muito a pena. Dinheiro bem aplicado (:
Hoje rola o segundo dia do festival com Charlie Brown Jr & MV Bill e NxZero & Armandinho. Eu que não quero pagar pra ver no que essa gororoba vai dar...
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Presidente da Venezuela Hugo Chávez ataca de cantor e lança disco.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
a barriga pelada é que é a vergonha nacional.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Camilla-Em Olinda...
Sapu-Poooooorra, que buraco do caralho! Tu não pega PE 15 Boa Viajem não. Pega PE 15: boa viajem! PE 15: boa viajem!
Camilla-Eita, nem é tão longe assim! Daqui do Contato até minha casa são 15min...
Sapu-Tu tá doida é? Só se for no carro do Batman!
*hoje, discutindo sobre ser ou não vegetariano*
Maligno-Veja bem, ser vegetariano pra não matar os animaizinhos, ok. Mas sendo vegetariano, você também tá matando! Tá matando as árvores...
Eu-As árvores?????? Fudeu, no dia que vegetariano comer árvore eu não sei mais o que como, vou ter que passar a comer brita!
Peu-Ei porra, é vegetariano, não herbívoro!
hahahahah Depois Maligno ainda tentou consertar, mas fudeu, a merda já tava dita...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
O Último Discurso.
Charles Chaplin.
o terceiro olho.
Não usava tripé, somente uma Leica na mão. "Para mim, a fotografia é um reconhecimento simultâneo, numa fração de segundo, do significado do acontecimento, bem como da precisa organização das formas que dá ao acontecimento sua exata expressão'', diz.
De certeza, o meu fotógrafo preferido. Não saberia dizer o porquê, não saberia explicar a sensação que tenho ao ver suas fotos. É inexplicável o que elas me passam.
Bresson morre em agosto de 2004, aos 95 anos (a data exata, eu não sei. Já vi por aí que foi dia 2, 3 e 4 :P ). Mais do que o pesar pela sua partida, fica a profunda admiração de uma obra que dificilmente será igualada.
''Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.'' Henri Cartier-Bresson.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
sou de todo solidão.
"Wish there was something I could say or do
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
domingo, 23 de setembro de 2007
coisas que só acontecem em Olinda.
Hahahahahah Nêgo quando quer ser chato é foda...
And my head is going numb
Right from the beginning
Our ending had begun
I can be your trouble
Shiver into you
Shaking like the thunder
Sinking under
The deeper the blues, the more I see black
The sweeter the bruise, the feeling starts coming back
All the deepest blues are black
When it comes closing in
Reject
Cause I gotta move
And the simple things get in the openings
Connect
Become something new
To remove"
Ópera do Malandro.
Fui ontem prestigiar a Ópera do Malandro, principalmente porque seria a estréia de Maíra. Tirando o cara atrás de mim que não parava de tirar fotos com flash e já tava me deixando muito irritada, a peça foi perfeita! Ri horrores, principalmente com Lúcia (Maíra)
Lúcia- Num-sei-que-lá do meu filho...
Teresinha- Que filho?
Lúcia- Esse daqui minha filha, tá pensando que é chopp?
AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHAUHAUHA Ok ein.
Irei novamente no próximo domingo, com certeza, mas dessa vez vou chegar mais cedo pra sentar na frente e tirar fotos sem flash! hehe
Em todo caso, o musical está perfeito e eu recomendo a todos!
Nota mental: Tô na casa do pai, não sei quando volto, quem sabe quando a poeira baixar? Inferno astral.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
abrindo as tortas e as cucas.
Se tocar em mim eu grito, se falar comigo eu choro.
(quando é que isso tudo vai acabar?)
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Eu e Cláudia, vendo O Iluminado aqui em casa:
Cláudia- Acho que fiz pipi no casulo...
*hahahahaha*
No meio do filme:
Cláudia- Caralho, esse velho é zambeta!
HAHAHAHAHAHAHAHAH Meia hora rindo sem parar.
Eu- Meu irmão, essa mulher é muito afrescalhada, cheia nhenhenhe correndo...
Cláudia- Só quer ser a flor do mamulengo!
HAUHAUAHUAHUHAUHAUAUH To com a barriga doendo até agora, puta que pariu... Pode ser o filme mais sério do mundo, mas sempre chega um ponto que a gente não consegue ficar sem falar besteira.
Lisbon Revisited
Já disse que não quero nada
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, nao me
[enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) -
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-a!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso, sou doido com todo direito a sê-lo.
Com todo direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer
[coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havermos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
Ó céu azul - o mesmo da minha infância -
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo acestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar
[sozinho!
Fernando Pessoa.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Match Point.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
As intermitências da morte.
José Saramago.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Se me dão licença, a sessão já vai começar.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Escrever. É uma coisa que venho adiando há um mês, pelo menos. Meu momento de reflexão, por mais estranho que possa parecer, é dentro do ônibus, indo pra qualquer lugar (geralmente pro colégio ou voltando dele). É no ônibus que eu me programo, que eu me prometo que vou colocar minhas coisas em dia, que vou finalmente escrever qualquer coisa que seja ou responder a carta da Ju que, coitada, espera meses pela minha resposta. Mas é só eu chegar em casa e tudo fica pra amanhã. Eu juro que não é culpa minha. Deve haver algum feitiço preguiça impregnado na minha casa que faz com que eu esqueça tudo que foi programado nas, mais ou menos, meia hora que eu passo dentro do ônibus, como um passe de mágica.
*pausa*
Por mais que algumas ligações inesperadas sejam muito bem vindas, elas cortam completamente a linha de raciocínio.
Bom, o resto desse texto fica pra amanhã.
a letter to Elise.
like falling sand
as fast as i pick it up
it runs away through my clutching hands
but there's nothing else i can really do
there's nothing else
i can really do
at all..."
domingo, 2 de setembro de 2007
Ainda dei de cara cara com o mesmo psicopata que tava na Nox no dia do show de Matanza me sacando o tempo inteiro; é, o cara que parece com o vocalista do Weezer e dança igual ao Austin Powers. Ele tá sempre sozinho, sério, bebendo, andando e observando todo mundo. Medo do caralho dele. Bizarro.
Depois de um sábado afogando as mágoas num copo de cerveja, só me resta resumir meu domingo num prato de brigadeiro (e me transformar numa baleia logo na seqüência).
Passar bem.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
A Arte do Insulto
Retardado mental, infeliz.
Tanto quis ser o tal,
Conhecido entre os mais imbecis.
Muito bem: você tem o talento
que faz de você tão proeminente panaca,
dos que não são comuns de se ver.
Começou fazendo bobagem desde que chegou,
Não parou nem quando o bar todo esvaziou.
Bebe demais, fala demais,
mas na real não diz merda nenhuma!
Só fica aí cheio de si,
Mas não resolve as cagadas que arruma.
Enquanto você fica aí arrumando tumulto,
Eu vou me aprimorando na Arte do Insulto."
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Humano, demasiado humano.
Nietzsche.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
"Isn't he a bit like you and me?"
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
for nobody."
sábado, 25 de agosto de 2007
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
tô careca!
leo- Amiga, sabe o que a gente faz? Vai lá pra frente deles, daí eu te abraço e digo "então amiga, a gente se vê e melhoras do câncer, viu?" :D
HAHAHAHAHAHAHA
Ok, ein.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Nieger.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
humanas A (é a 'euva' haha)
Fê- eu não acredito que vocês estão jogando baralho não... Sapo, bota moral aí!
*sapo vira*
Sapo- bora, me da esse caralho, acabou a festa aqui.
Fê- er.. brigada Sapo, mas podia ter evitado o...
Sapo- desculpa professora, foi só pra ser mais enfático.
*dois minutos depois*
Fê- minha gente, uma carta tem título? não! então pra que perguntar isso? pra que colocar título?
Alguém- é pra puxar assunto, professora...
*ontem*
Sapo- vai, quero ver se tu sabe, diz aí quem foi Ghandi!
Andrei- num era um cantor de reggae?
hahahahahahhahah
Vitinho- nãããão porra, foi aquele cara lá que libertou a África!
Sapo- foi a Índia, imbecil! esse é Mandela!
hahahahahahahha Um poço de sabedoria, pelamor.
*hoje, na prova*
Fiscal- alguém tá sem prova?
*Rafael levanta a mão*
Fiscal- tá, eu vou mandar buscar. enquanto isso esperem e sem conversar!
Rafael- porra, nem conversar pode!
hahahaha esse povo não existe...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
não se conserta o que já nasce com defeito.
Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor
Nada sairia do lugar que já estava
Não seria nada diferente do que sou
Não quero me veja
Não quero que me chame
Não quero que me diga
Não quero que reclame
Eu espero que você entenda bem
Eu não gosto de ninguém."
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Música para beber e brigar!
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
sábado, 4 de agosto de 2007
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Vasco 2x0 Internacional
Eu, no jogo passado, falei tão mal do Perdigão (porque o bicho jogou mal pa porra) que acho que ele resolveu tirar uma onda da minha cara hoje. Ou então quis consertar todos os erros dessa vez haha
E pra finalizar, eu gostaria de mandar um beijo especial pro Conca e pro Silvio Luiz, que é um goleiro do caralho! (e, falando na boa, o time se resume praticamente à eles dois) hahah E um pra Xuxa também, pra não quebrar a tradição.
(tô, tô feliz pra cacete, porra!)
Pra quem quiser saber mais um pouquinho :}
Ps: Meus parabéns pro Sport, que provou ser um time do caralho ao virar o jogo e ganhar do Palmeiras com dois jogadores a menos (: (cá pra nós, vingou o Vasco :x )
Ps²: Não, George, Totolec é de matar! Como é que uma loteria pode achar bonito ter esse nome? haha
terça-feira, 31 de julho de 2007
"Querida, chegei!"
[/edit] "A série voltou a ser exibida no dia 30 de Julho de 2007 pela TV Bandeirantes, de segunda a sexta às 20:15h"
E viva a Wikipédia!!
sexta-feira, 27 de julho de 2007
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Orfeu.
domingo, 8 de julho de 2007
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual, ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.
Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos cousas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus."
quarta-feira, 4 de julho de 2007
dominó.
Xandão- Porra, Excluído tinha tanto ponto que dava pra trocar por uma bicicleta alí no Bompreço...
(Xandão vai embora. Eu, Excluído, Maligno e Fábio indo pra aula de Thales. Os meninos conversando e eu mega distraída, só peguei os pedaços da conversa)
alguém- não porque... buscar... bicicleta...ali.. bompreço
eu- Tu vai buscar agora?? Tem aula de Thales, po!
(2 segundos depois percebe a merda que falou...)
(hoje) No meio do jogo, passa um menino do cabeção:
Xandão- Porra, que cabeça do caralho!
(todo mundo vira)
Excluído- hahah Dispense, po!
Xandão- Esse aí chega em casa e diz: "Mamãe, mamãe, tem um circo no quintal de casa!" E a mãe: "Não, meu filho, é que eu coloquei o seu boné no varal."
AHUAHUAHUAHAU Tipo, q? Sem esquecer a cruzada de Excluído (quando eu e Fábio estávamos ganhando de 5x0) ontem e as duas cruzadas de Xandão hoje! haha O tal do dominó vicia, hoje a gente jogou de 9h da manhã até 13:30h, com um intervalozinho de 20min no máximo! Digaê, aula do pré-férias que é bom nada... Eu já disse, se continuar desse jeito, até dia 13 vai tá todo mundo phd em dominó! hahaha Xandão já perguntou quando chega o diploma... Só tem normal, tô dizendo.
E fica aqui minha singela homenagem ao meu grande parceiro de dominó, Xandão!! ALÔ VOCÊ! HAHAHA Tem parceria mais bizarra não, só vendo mesmo (se é que a gente pode ser considerado 'parceria' com toda a cooperação mútua e delicadezas a parte.. haha).
domingo, 1 de julho de 2007
ruído constante.
Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço nunca mais, pelo menos por enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico.
E estamos conversados."
Suje-se, gordo!
— Fui sempre contrário ao júri — disse-me aquele amigo — não pela instituição em si, que é liberal, mas porque me repugna condenar alguém, e por aquele preceito do Evangelho: “ Não obstante, servi duas vezes. O tribunal era então no antigo Aljube, fim da Rua dos Ourives, princípio da Ladeira da Conceição.
Tal era o meu escrúpulo que, salvo dois, absolvi todos os réus. Com efeito, os crimes não me pareceram provados; um ou dois processos eram mal feitos. O primeiro réu que condenei era um moço limpo, acusado de haver furtado certa quantia, não grande, antes pequena, com falsificação de um papel. Não negou o fato, nem podia fazê-lo, contestou que lhe coubesse a iniciativa ou inspiração do crime. Alguém, que não citava, foi que lhe lembrou esse modo de acudir a uma necessidade urgente; mas Deus, que via os corações, daria ao criminoso verdadeiro o merecido castigo. Disse isso sem ênfase, triste, a palavra surda, os olhos mortos, com tal palidez que metia pena; o promotor público achou nessa mesma cor do gesto a confissão do crime. Ao contrário, o defensor mostrou que o abatimento e a palidez significavam a lástima da inocência caluniada.
Poucas vezes terei assistido a debate tão brilhante. O discurso do promotor foi curto, mas forte, indignado, com um tom que parecia ódio, e não era. A defesa, além do talento do advogado, tinha a circunstância de ser a estréia dele na tribuna. Parentes, colegas e amigos esperavam o primeiro discurso do rapaz, e não perderam na espera. O discurso foi admirável, e teria salvo o réu, se ele pudesse ser salvo, mas o crime metia-se pelos olhos dentro. O advogado morreu dois anos depois, em 1865. Quem sabe o que se perdeu nele! Eu, acredite, quando vejo morrer um moço de talento, sinto mais que quando morre um velho... Mas vamos ao que ia contando. Houve réplica do promotor e tréplica do defensor. O presidente do tribunal resumiu os debates, e, lidos os quesitos, foram entregues ao presidente do Conselho, que era eu.
Não digo o que se passou na sala secreta; além de ser secreto o que lá se passou, não interessa ao caso particular, que era melhor ficasse também calado, confesso. Contarei depressa; o terceiro ato não tarda.
Um dos jurados do Conselho, cheio de corpo e ruivo, parecia mais que ninguém convencido do delito e do delinqüente. O processo foi examinado, os quesitos lidos, e as respostas dadas (onze votos contra um); só o jurado ruivo estava inquieto. No fim, como os votos assegurassem a condenação, ficou satisfeito, disse que seria um ato de fraqueza, ou coisa pior, a absolvição que lhe déssemos. Um dos jurados, certamente o que votara pela negativa — proferiu algumas palavras de defesa do moço. O ruivo — chamava-se Lopes — replicou com aborrecimento:
— Como, senhor? Mas o crime do réu está mais que provado.
— Deixemos de debate, disse eu, e todos concordaram comigo.
— Não estou debatendo, estou defendendo o meu voto, continuou Lopes. O crime está mais que provado. O sujeito nega, porque todo o réu nega, mas o certo é que ele cometeu a falsidade, e que falsidade! Tudo por uma miséria, duzentos mil-réis! Suje-se gordo! Quer sujar-se? Suje-se gordo!
“ Confesso-lhe que fiquei de boca aberta, não que entendesse a frase, ao contrário; nem a entendi nem a achei limpa, e foi por isso mesmo que fiquei de boca aberta. Afinal caminhei e bati à porta, abriram-nos, fui à mesa do juiz, dei as respostas do Conselho e o réu saiu condenado. O advogado apelou; se a sentença foi confirmada ou a apelação aceita, não sei; perdi o negócio de vista.
Quando saí do tribunal, vim pensando na frase do Lopes, e pareceu-me entendê-la. “ era como se dissesse que o condenado era mais que ladrão, era um ladrão reles, um ladrão de nada. Achei esta explicação na esquina da Rua de S. Pedro; vinha ainda pela dos Ourives. Cheguei a desandar um pouco, a ver se descobria o Lopes para lhe apertar a mão; nem sombra de Lopes. No dia seguinte, lendo nos jornais os nossos nomes, dei com o nome todo dele; não valia a pena procurá-lo, nem me ficou de cor. Assim são as páginas da vida, como dizia meu filho quando fazia versos, e acrescentava que as páginas vão passando umas sobre outras, esquecidas apenas lidas. Rimava assim, mas não me lembra a forma dos versos.
Em prosa disse-me ele, muito tempo depois, que eu não devia faltar ao júri, para o qual acabava de ser designado. Respondi-lhe que não compareceria, e citei o preceito evangélico; ele teimou, dizendo ser um dever de cidadão, um serviço gratuito, que ninguém que se prezasse podia negar ao seu país. Fui e julguei três processos.
Um destes era de um empregado do Banco do Trabalho Honrado, o caixa, acusado de um desvio de dinheiro. Ouvira falar no caso, que os jornais deram sem grande minúcia, e aliás eu lia pouco as notícias de crimes. O acusado apareceu e foi sentar-se no famoso banco dos réus. Era um homem magro e ruivo. Fitei-o bem, e estremeci; pareceu-me ver o meu colega daquele julgamento de anos antes. Não poderia reconhecê-lo logo por estar agora magro, mas era a mesma cor dos cabelos e das barbas, o mesmo ar, e por fim a mesma voz e o mesmo nome: Lopes.
— Como se chama? perguntou o presidente.
— Antônio do Carmo Ribeiro Lopes.
Já me não lembravam os três primeiros nomes, o quarto era o mesmo, e os outros sinais vieram confirmando as reminiscências; não me tardou reconhecer a pessoa exata daquele dia remoto. Digo-lhe aqui com verdade que todas essas circunstâncias me impediram de acompanhar atentamente o interrogatório, e muitas coisas me escaparam. Quando me dispus a ouvi-lo bem, estava quase no fim. Lopes negava com firmeza tudo o que lhe era perguntado, ou respondia de maneira que trazia uma complicação ao processo. Circulava os olhos sem medo nem ansiedade; não sei até se com um pontinha de riso nos cantos da boca.
Seguiu-se a leitura do processo. Era uma falsidade e um desvio de cento e dez contos de réis. Não lhe digo como se descobriu o crime nem o criminoso, por já ser tarde; a orquestra está afinando os instrumentos. O que lhe digo com certeza é que a leitura dos autos me impressionou muito, o inquérito, os documentos, a tentativa de fuga do caixa e uma série de circunstâncias agravantes; por fim o depoimento das testemunhas. Eu ouvia ler ou falar e olhava para o Lopes. Também ele ouvia, mas com o rosto alto, mirando o escrivão, o presidente, o teto e as pessoas que o iam julgar; entre elas eu. Quando olhou para mim não me reconheceu; fitou-me algum tempo e sorriu, como fazia aos outros.
Todos esses gestos do homem serviram à acusação e à defesa, tal como serviram, tempos antes, os gestos contrários do outro acusado. O promotor achou neles a revelação clara do cinismo, o advogado mostrou que só a inocência e a certeza da absolvição podiam trazer aquela paz de espírito.
Enquanto os dois oradores falavam, vim pensando na fatalidade de estar ali, no mesmo banco do outro, este homem que votara a condenação dele, e naturalmente repeti comigo o texto evangélico: “ Confesso-lhe que mais de uma vez me senti frio. Não é que eu mesmo viesse a cometer algum desvio de dinheiro, mas podia, em ocasião de raiva, matar alguém ou ser caluniado de desfalque. Aquele que julgava outrora, era agora julgado também.
Ao pé da palavra bíblica lembrou-me de repente a do mesmo Lopes: “ Não imagina o sacudimento que me deu esta lembrança. Evoquei tudo o que contei agora, o discursinho que lhe ouvi na sala secreta, até àquelas palavras: “ Vi que não era um ladrão reles, um ladrão de nada, sim de grande valor. O verbo é que definia duramente a ação. “ Queria dizer que o homem não se devia levar a um ato daquela espécie sem a grossura da soma. A ninguém cabia sujar-se por quatro patacas. Quer sujar-se? Suje-se gordo!
Idéias e palavras iam assim rolando na minha cabeça, sem eu dar pelo resumo dos debates que o presidente do tribunal fazia. Tinha acabado, leu os quesitos e recolhemo-nos à sala secreta. Posso dizer-lhe aqui em particular que votei afirmativamente, tão certo me pareceu o desvio dos cento e dez contos. Havia, entre outros documentos, uma carta de Lopes que fazia evidente o crime. Mas parece que nem todos leram com os mesmos olhos que eu. Votaram comigo dois jurados. Nove negaram a criminalidade do Lopes, a sentença de absolvição foi lavrada e lida, e o acusado saiu para a rua. A diferença da votação era tamanha que cheguei a duvidar comigo se teria acertado. Podia ser que não. Agora mesmo sinto uns repelões de consciência. Felizmente, se o Lopes não cometeu deveras o crime, não recebeu a pena do meu voto, e esta consideração acaba por me consolar do erro, mas os repelões voltam. O melhor de tudo é não julgar ninguém para não vir a ser julgado. Suje-se gordo! suje-se magro! suje-se como lhe parecer! o mais seguro é não julgar ninguém... Acabou a música, vamos para as nossas cadeiras.
Machado de Assis.
Esse conto, pra mim, foi o princípio de tudo. O vi pela primeira vez no programa da Tv Cultura, Contos da Meia Noite, interpretado pelo Matheus Nachtergaele . Depois disso, a paixão por Machado só fez crescer. Procurei no youtube pra ver se tinha o vídeo, mas não achei nada. :/
A propósito, alguém aí sabe se a Cultura ainda passa esse programa?